Saturday, May 24, 2014

50 ANOS DO GOLPE MILITAR

31 de março de 1964. 50 ANOS do golpe Militar
http://educacao.uol.com.br/infograficos/2014/03/12/entenda-como-foram-os-anos-da-ditadura-militar-em-40-datas-historicas.htm#0

50 anos do golpe civil-militar

Após momentos de uma crescente tensão entre direita e esquerda, em 31 de março de 1964, os militares iniciam o movimento de deposição do presidente João Goulart. Dali para frente, o Brasil passaria por 21 anos de ditadura militar.
Conheça a história da ditadura militar e as datas mais importantes dos anos de chumbo no país

50 anos do golpe civil-militar

Após momentos de uma crescente tensão entre direita e esquerda, em 31 de março de 1964, os militares iniciam o movimento de deposição do presidente João Goulart. Dali para frente, o Brasil passaria por 21 anos de ditadura militar.
Conheça a história da ditadura militar e as datas mais importantes dos anos de chumbo no país

O presidente Jânio da Silva Quadros durante cerimônia de comemoração do Dia do Soldado, em Brasília (DF); foi o último evento oficial antes de sua renúncia25.ago.61/Folhapress

25/08/1961

Renúncia de Jânio

Após um mandato de sete mesesem que enfrentou forte oposição a suas políticas econômica e externa, o presidente Jânio Quadros renuncia

A posse do vice-presidente João Goulart, representante da esquerda, não foi aceita pelos ministros militares e pelas classes dominantes. Para assumir o poder, Jango teve de se submeter a um acordo político em que aceitava o regime parlamentarista

Plebiscito derruba o parlamentarismo e João Goulart passa a governar o Brasil em regime presidencialistaUH/Folha Imagem

06/01/1963

Plebiscito para presidencialismo

Com o apoio da classe trabalhadora e da esquerda, Jango pede para que o Congresso antecipe para 1963 oplebiscito que definirá a continuidade ou não do parlamentarismo.

Após uma greve geral, o Congresso aprova o plebiscito. Em janeiro, cerca de 18 milhões de eleitores vão às urnas e, por 80% dos votos, o Brasil volta a adotar um sistema presidencialista, o que fortalece João Goulart

Multidão presente ao Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em defesa das reformas de base do governo João GoulartAcervo UH/Folhapress

13/03/1964

Reformas de base

O presidente João Goulart apresenta ao Congresso projetos em que defende a extensão do voto a analfabetos, a reforma agrária e pretende ampliar a intervenção do Estado na economia.
Com dificuldades para aprovar suasreformas de base, Jango faz uma ofensiva baseada no apoio popular.150 mil pessoas comparecem a seu comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro

Multidão se reúne em frente à catedral da Sé durante a Marcha da Família com Deus pela LiberdadeFolha Imagem

19/03/1964

Marcha da Família

Em São Paulo, grupos ligados à oposição, à Igreja Católica e ao empresariado organizam uma passeatacontra João Goulart. O movimento congregava segmentos da classe média que, em meio à Guerra Fria, temiam o "perigo comunista".

Cerca de 500 mil pessoas se reúnem no centro de São Paulo carregando faixas com as frases “Viva a democracia, abaixo o comunismo” ou “Abaixo os imperialistas vermelhos”

O general Castello Branco passa em revista da tropa já como presidente, em 1965Folhapress

20/03/1964

'Ameaça comunista'

O general Castello Branco, chefe do Estado-Maior do Exército, lança uma circular reservada aos oficiais advertindo sobre o que considerava como perigo comunista latente nas recentes medidas do presidente da República

Militares se movimentam em frente ao Ministério do Exército, no Rio de Janeiro, no dia 2 de abril de 1964Memórias Reveladas/Arquivo Nacional

01/04/1964

Golpe

Tropas militares rebeldes marcham em direção ao Rio de Janeiro para obrigar o presidente Jango à deposição. Oficiais golpistas tomam o Forte de Copacabana.Em apoio ao presidente, o CGT decreta greve geral.
Sem conseguir reverter o golpe de Estado, João Goulart deixa o Rio em direção à Brasília. No fim da noite, o Congresso anuncia a presidência vaga

O general Arthur da Costa e Silva fez parte da Junta MilitarFolhapress

09/04/1964

Primeiro ato institucional

Sob o comando de uma junta militar, é editado o ato institucional nº 1. O ato permite a cassação de mandatos e a suspensão de direitos políticos. A primeira lista de cassados contém nomes como o de João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes, Leonel Brizola e Celso Furtado.

São marcadas eleições indiretas para presidente e vice-presidente

Posse do marechal Humberto de Alencar Castello Branco, presidente da República de 1964 a 1967Acervo UH/Folhapress

15/04/1964

Castello Branco assume o governo

O primeiro militar a assumir o poder durante a ditadura é o general Humberto Castello Branco, que fica na presidência até 1967. 

Durante seu governo, foram cortadas as relações diplomáticas com Cuba e os EUA passaram a apoiar o governo brasileiro, inclusive economicamente

O político José Serra (centro) foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) nos anos de 1963 e 1964

09/11/1964

Proibição de protestos

É publicada a Lei Suplicy, que extingue a UNE (União Nacional dos Estudantes) e proíbe as organizações estudantis de realizar protestos

Nara Leão participou do Show Opinião, ao lado de João do Vale e Zé KétiSidney Corrallo/Folhapress

10/12/1964

Show Opinião

Estreia no Rio o show "Opinião", com Zé Keti, Nara Leão, Maria Bethânia e João do Vale. Escrito por Oduvaldo Vianna Filho e dirigido por Augusto Boal, o show marcou o início da resistência artística à ditadura militar.

música que dá título ao espetáculo diz "Podem me prender, podem me bater, podem até deixar-me sem comer que eu não mudo de opinião”

UnB é invadida por tropas militares em 1964Arquivo Cedoc/UnB

18/10/1965

Demissão de professores universitários

156 professores pedem demissão da UnB (Universidade de Brasília) após a publicação de lista de desligamento de 15 docentes. No dia seguinte, outros 43 professores fazem o mesmo

Jornal Folha de S.Paulo repercute o Ato Institucional nº 2, assinado pelo presidente Castello BrancoReprodução

27/10/1965

Fim dos partidos políticos

Castello Branco decreta o AI-2, que extingue os partidos políticos, impõe eleições indiretas para presidente e atribui a este o poder de decretar estado de sítio sem consulta prévia do Congresso.

Após esse ato, o Brasil deixa o multipartidarismo e se torna um sistema eleitoral bipartidarista. O partido do governo é a Arena e a oposição é oMDB

O presidente Humberto Castello Branco discursa durante visita a São Paulo em 1966Acervo UH/Folhapress

05/02/1966

Eleições indiretas para governador

É decretado por Castello Branco o Ato Institucional nº 3, que institui eleições indiretas para governador e a nomeação de prefeitos.

Posse do presidente Arthur da Costa e SilvaFolhapress

15/03/1967

Nova Constituição

Entra em vigor uma nova Constituição do Brasil sob a presidência do general Costa e Silva. O texto concentra o poder nas mãos do Executivo, que passa a tomar decisões sobre orçamento e segurança nacional.

A nova constituição restringe também o direito dos trabalhadores à greve.Manifestações ou reuniões públicas passam a ser punidas pela Lei de Segurança Nacional

Pôster do filme Terra em Transe, do cineasta Glauber RochaDivulgação

05/05/1967

Terra em Transe

Glauber Rocha lança seu filme "Terra em Transe", que faz uma parábola da política populista característica de vários países da América Latina

Gilberto Gil e Os Mutantes interpretam 'Domingo no Parque', música que ficou em 2º lugarClaudemiro/Acervo UH/Folha Imagem

21/10/1967

Festival da MPB

No 3º Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, Gilberto Gil e Os Mutantes cantam "Domingo no Parque", Caetano Veloso apresenta "Alegria, Alegria" e Chico Buarque, "Roda Viva"

Corpo do jovem secundarista Edson Luís de Lima Souto, assassinado pelo comandante da tropa da PM, o aspirante Aloísio Raposo, durante confronto entre a Polícia Militar e estudantesFolhapress

28/03/1968

Morte de estudante secundarista

O estudante Edson Luís Lima Souto, 18, morre em um conflito com a PM em frente ao restaurante universitário Calabouço, no Rio. Os jovens preparavam um protesto contra as condições do ensino brasileiro. 

Com medo de que a polícia forje o motivo da morte, manifestantes levam o corpo para a Assembleia Legislativa. Nos dias seguintes, protestos contra a violência do regime levam milhares às ruas

Fotografia de Evandro Teixeira da Passeata dos 100 mil em 1968, no Rio de JaneiroEvandro Teixeira/CPDoc

01/06/1968

Passeata dos 100 mil

Após uma série de manifestações duramente reprimidas pelo regime militar, o governo aceita que seja feito um protesto com data e local combinados. 

A passeata dos cem mil, no Rio de Janeiro, reúne estudantes, artistas, intelectuais, clero, sindicalistas e a população, em protesto contra as violências da ditadura

Confronto entre estudantes universitários da USP e da Universidade Mackenzie na rua Maria Antônia, região central de São PauloGil Passarelli/Folhapress

02/10/1968

Batalha da Maria Antônia

O confronto começou quando estudantes da USP faziam pedágio na ruaMaria Antônia para arrecadar dinheiro para o Congresso da ex-UNE e foram atacados por alunos do Mackenzie.

A USP reunia movimentos estudantis de esquerda, enquanto no Mackenzie havia grupos de direita, como o Comando de Caça aos Comunistas.

O conflito só terminou no dia seguinte com a morte de um estudante

Arthur da Costa e Silva preside reunião do Conselho de Segurança Nacional, no Rio, que aprovou o AI-5Folhapress

13/12/1968

AI-5

Sem controle sobre os protestos que tomavam as ruas do país, o general Costa e Silva decreta o AI-5.

O ato suspende liberdades democráticas e direitos constitucionais, permitindo que a polícia efetue investigações, perseguições e prisões de cidadãos sem necessidade de mandado judicial. O decreto marca aradicalização da ditadura militar

Prédio da 36ª Delegacia de Polícia, no Paraíso (São Paulo). Aos fundos do local ficava a antiga sede da ObanCris Komesu/Folhapress

27/06/1969

Oban é montada em SP

A repressão militar passou a contar com centros de informações de cada ramo das Forças Armadas. Também foram criados o DOI-Codi e órgãos paramilitares como a Oban (Organização Bandeirantes).

Em São Paulo, a Oban coordenava ações de órgãos de combate às organizações armadas de esquerda. Criada com apoio financeiro de empresários, foi chefiada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, concede entrevista coletiva na embaixada norte-americana um dia após ter sido liberado pelos sequestradoresAcervo UH/Folhapress

04/09/1969

Sequestro de embaixador

Guerrilheiros sequestram no Rio de Janeiro o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. 

Os grupos responsáveis pelo sequestro pedem a libertação de 15 presos políticos em troca do embaixador. Três dias depois do sequestro, Elbrick é solto e os presos viajam para o México.

A ação inaugura uma série de sequestros em troca de presos políticos

Solenidade de posse do presidente Emílio Garrastazu MédiciAcervo UH/Folhapress

30/10/1969

Médici

Após o afastamento do presidente Costa e Silva por motivos de saúde, o general Emílio Garrastazu Médici é empossado presidente. 

Os cinco anos de governo de Médicisão marcados pelo "milagre econômico" e também pelo período de maior repressão política da história

Atores com placas e faixas protestam contra a censura no Teatro Municipal de São PauloAcervo UH/Folhapress

26/01/1970

Censura prévia a jornais

O decreto-lei 1.077 institui a censuraprévia a espetáculos e publicações.

Na imprensa, algumas redações recebem equipes de censores que ficam ali para decidir o que poderia ou não ser publicado, outros veículos eram obrigados a enviar antecipadamente o que pretendiam publicar para a Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal

Médici e ministro Andreazza em visita às obras da transamazônica, abril de 1972(Memórias Reveladas/Arquivo Nacional)

16/06/1970

Programa de Integração Nacional

O governo Médici anuncia o Programa de Integração Nacional, que prevê a implantação de grandes rodoviascomo parte de um projeto de ocupação do Centro-Oeste e da Amazônia. 

Fizeram parte do programa a construção de estradas, como a Transamazônica, e a concessão de financiamentos governamentais para projetos agrominerais. É nesse período que surge o lema "integrar para não entregar"

O ex-deputado Rubens Paiva foi cassado logo após o golpe de 1964 e foi visto pela última vez ao ser preso em janeiro de 1971Arquivo Pessoal

20/01/1971

Desaparecimento de Rubens Paiva

Seis agentes do Cisa, o serviço secreto da Aeronáutica, prendem o deputado cassado Rubens Paiva em casa, no Rio de Janeiro.
A família busca informações sobre seu paradeiro, mas os militares dizem que ele foi resgatado por "terroristas".A farsa foi desmontada apenas em 2014 pela Comissão Nacional da Verdade. O deputado cassado foi torturado e morto pelo regime militar.

O então membro do PCdoB José Genoino discursa na chamada Guerrilha do Araguaia, em 1972, no interior do ParáReprodução/Paulo Santos

21/04/1972

Guerrilha do Araguaia

A guerrilha travada entre as divisas do Maranhão, Tocantins e Pará foi o maior movimento armado contra a ditadura militar. 

Promovida pelo Partido Comunistado Brasil, a luta reuniu cerca de cem guerrilheiros, a maior parte de jovens vindos de metrópoles, que enfrentaram o Exército na floresta amazônica.

O conflito do Araguaia terminou com um trágico saldo: foram mais de 70 mortos.

Vista aérea da usina hidrelétrica Itaipu Binacional com o vertedouro aberto, em Foz do IguaçuDivulgação

26/04/1973

Tratado de Itaipu

Brasil e Paraguai assinam o Tratado de Itaipu para o aproveitamento hidrelétrico conjunto do rio Paraná. A construção é parte do projeto de desenvolvimento do país durante o "milagre econômico".

A Usina Hidrelétrica de Itaipu é construída entre os anos de 1975 e 1982

O general e presidente do Brasil Ernesto Geisel recebe cumprimentos em forma de continência de militarManoel Pires/Folhapress

15/03/1974

Geisel promete distensão

A violência repressiva e a ausência de liberdades civis e públicas tinham tornado insustentável a manutenção da ditadura militar.

O general Ernesto Geisel, ex-diretor da Petrobras, assume a presidência do país e promete dar início à redemocratização do país de forma lenta, gradual e segura


Fotógrafo Silvaldo Leung Vieira registra Vladimir Herzog morto no DOI-CodiReprodução

25/10/1975

Vlado é torturado e morto

O jornalista Vladimir Herzog, apresentou-se na sede do DOI-Codi, em São Paulo, para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro. No dia seguinte, aparece morto. 

A versão oficial foi de que teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário. Porém, em 2012, foi comprovada pela Comissão Nacional da Verdade a versão de que Vlado morreu em decorrência de forte tortura

O ex-deputado e coronel reformado do Exército Antônio Erasmo Dias posa para fotografia no mês em que a invasão a PUC-SP, comandada por ele, completou 30 anos, em 2007Niels Andreas/AE

22/09/1977

Estudantes voltam a se organizar

Sob o comando de Erasmo Dias, a PM invade a PUC-SP e prende cerca de mil pessoas que participavam de um encontro nacional de estudantes em São Paulo

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Luiz Inácio Lula da Silva durante a greve de 42 dias em 1980Folhapress

12/05/1978

Greves do ABC

Mais de 3.000 metalúrgicos da Scania, em São Bernardo, iniciaram a primeira greve dez anos após a promulgação do AI-5 (Ato Institucional).

Os trabalhadores pediam aumento salarial e melhores condições de trabalho, ainda com medo da repressão.
A greve começou um movimento que se propagou por outras empresas e serviu de exemplo para outras greves, que se alastraram nos anos de 1979 e 1980

Primeira página da edição de 14 de dezembro de 1968 do jornal Última Hora fala sobre o decreto do AI-5Arquivo Jornal Última Hora/Acervo Fundação Biblioteca Nacional

13/10/1978

Fim do AI-5

O presidente Geisel revoga o AI-5 e dá assim um passo decisivo no processo de redemocratização do país

O ex-ditador argentino Rafael Videla, durante julgamento que investiga os crimes cometidos durante a Operação CondorJuan Mabromata/AFP

17/11/1978

Operação Condor

Dois repórteres da Veja em Porto Alegre visitam um apartamento onde um casal uruguaio está preso e sendo torturado por militares. A matéria revelou ao mundo a Operação Condor.

A operação era uma aliança entre as ditaduras militares da América Latina que garantia apoio entre os governos da região para perseguir os que se opunham aos regimes autoritários mesmo se fugissem para países vizinhos

João Baptista de Oliveira Figueiredo, o último presidente do regime militar, discursa durante sua posse, em 1979, logo após receber a faixa de Ernesto Geisel (à direita)Folhapress

15/03/1979

Figueiredo toma posse

O general João Baptista de Oliveira Figueiredo toma posse do governo para dar continuidade ao processo de abertura política. 

Ao longo do governo Figueiredo, a ditadura militar perde legitimidade social e sofre desgaste politico. No entanto, setores das Forças Armadas tentam barrar o processo de redemocratização com atos terroristas para desestabilizar o governo e amedrontar a sociedade

Imagem no acervo do Arquivo Nacional mostra atividade em prol da Lei da Anistia no Rio que contou com a participação de artistasReprodução/Robens Valente/Folhapress

28/08/1979

Lei da Anistia

É sancionada a Lei de AnistiaA campanha pela anistia de presos e exilados políticos pedia uma anistia "ampla, geral e irrestrita"; veio outra, parcial e recíproca. A lei excluiu envolvidos em atos terroristas, anistiados posteriormente, mas beneficiou os agentes da repressão.

A anistia resgatou a cidadania de cassados, clandestinos e exilados políticos, cerca de 4.600 pessoas se beneficiaram da legislação

Peritos examinam os destroços do carro Puma, dentro do qual uma bomba explodiu no atentado no RiocentroAníbal Philot/Agência O Globo

30/04/1981

Atentado do Riocentro

Trabalhadores realizavam um show no Centro de Convenções do Riocentro. Um sargento e um capitão do Exército planejaram detonar uma bomba no local, mas um acidente provocou a explosão da bomba dentro do carro em que estavam.

atentado do Riocentro provocou uma crise militar devido às pressões das oposições para o governo investigar o caso. Figueiredo, porém, impediu que o inquérito policial apontasse responsáveis

Reginaldo Faria e Antônio Fagundes em cena do filme Pra Frente, Brasil (1982), de Roberto FariasDivulgação

05/04/1982

Filme mostra tortura e é censurado

"Pra Frente, Brasil", filme de Roberto Farias, é censurado por mostrar tortura nos anos 70.
Celso Amorim foi demitido da presidência da Embrafilme por ter financiado a obra

A atriz Irene Ravache discursa durante o comício das Diretas Já na praça da Sé, no centro de São PauloRenato dos Anjos/Folhapress

25/01/1984

Campanha pelas Diretas Já

Um comício reúne cerca de 400 mil pessoas na praça da Sé, em São Paulo, por Diretas Já. Essa foi uma da série de manifestações populares que pediam eleições diretas para presidente da república.
Artistas e jogadores de futebol aderem à campanha, que tem amplo apoio popular. A proposta, no entanto, foi derrotada no Congresso e as eleições para presidente de 1985 foram indiretas

Tancredo Neves (à esq.) recebe os cumprimentos de José Sarney no Congresso Nacional, ao ser proclamado presidenteJorge Araújo/Folhapress

10/01/1985

Eleição de Tancredo Neves

Com a derrota da emenda por eleições diretas, Tancredo Neves surge como nome forte à sucessão presidencial. Tancredo recebe a maioria dos votos no Congresso e vence o concorrente, Paulo Maluf.

Na véspera da posse, Tancredo foi internado às pressas. No dia 15 de março, quem assume a presidência é o vice, José Sarney, efetivado no cargo após a morte do titular

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