No evento em que abençoou as bandeiras olímpica e paralímpica, pontífice tem encontro emocionante com personalidades do esporte brasileiro
Oscar Schmidt viveu um dia especial. Na luta contra um câncer no cérebro, o maior nome do basquete brasileiro se ajoelhou, tirou a boina, e pediu a bênção do Papa Francisco. E a mão santa do pontífice parou na cabeça do Mão Santa das quadras. O momento foi breve, mas emocionou todos que estavam em volta. Fabi, bicampeã olímpica do vôlei, foi às lágrimas. Ele renovou forças. O encontro aconteceu durante uma cerimônia sob chuva no jardim do Palácio da Cidade, em Botafogo, no Rio de Janeiro, quando o Papa Francisco conheceu personalidades do esporte nacional e abençoou as bandeiras olímpica e paralímpica. De quebra, o pontífice ainda ganhou uma camisa do Flamengo das mãos de Zico.
Diante do Papa, Oscar não conteve a emoção. Disse aos que estavam no recinto que aquele tinha sido o momento mais especial de sua vida: "Se não me curar agora, não me curo mais", chegou a falar. Minutos mais tarde, em uma participação por telefone no "Encontro com Fátima Bernardes", programa da TV Globo, chorou e voltou a falar sobre o momento.
- Ele pode abençoar, mas quem cura é sua fé. E agradeço muito a oportunidade que tive (...) Foi a maior emoção da minha vida. Eu apertei a mão do Papa. Essa é uma coisa incrível, que aconteceu na minha vida. Eu posso falar para você que se não curar agora não vai curar nunca mais. Nunca pensei que eu fosse gostar tanto de um argentino. Esse cara é demais. É o Papa Chico que o mundo inteiro ama - disse Oscar Schmidt, que em abril passou por uma operação no hospital Sírio-Libanês.
Apaixonado por futebol desde criança, e torcedor do San Lorenzo por influência do pai, que jogava basquete no clube, o Santo Padre recebeu de Zico, maior ídolo do Rubro-Negro, uma camisa do Flamengo com "Papa Francisco" escrito nas costas. O Galinho aproveitou também para explicar que era a camisa do time que defendeu e que tanto amava.
Em seu site oficial, Zico escreveu: "Encontrei há pouco com o Papa. Momento emocionante. E dei a ele uma camisa do Fla enviada pela presidência".
O prefeito Eduardo Paes, que é torcedor do Vasco, rival do Flamengo, postou uma foto em sua conta no Instagram do momento da entrega da camisa rubro-negra e brincou com o "sofrimento" pelo qual passou:
- Momento difícil para esse prefeito vascaíno no Palácio da Cidade (evitem comentários mais duros) - brincou.
O encontro com o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, foi mais longo e animado. O tetracampeão do mundo mostrou muito bom humor, brincou com a nacionalidade e o carinho do Papa com o futebol. Queria pedir por uma final entre Brasil e Argentina na Copa do Mundo de 2014. Perguntado se nesse caso a bênção não penderia para o outro lado, ele não titubeou.
- Deus não é brasileiro? É questão de hierarquia. Está resolvido o problema (risos). Papa é Papa e não tem nacionalidade. Mas vamos rezar para uma final entre Brasil e Argentina em 2014. Penso que o Brasil tem condições, e a Argentina tem um grande time. Uma final sul-americana cairia muito bem. Eles têm o melhor do mundo, que é o Messi - disse.
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