Wednesday, February 25, 2015

O que conta é a perda de apoio no Congresso

Dilma recebe ajuda da filha após colocar a faixa presidencial: "muita coisa errada está acontecendo no Brasil", diz o FT                                   O jornal Financial Times (FT), o mais influente no mundo da economia e dos negócios, listou nesta quarta-feira 10 motivos para acreditar que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff não irá durar muito tempo.  

O texto lembra que, durante anos, opositores têm acusado o governo de incompetência nas áreas econômica e política. "Muita coisa errada está acontecendo no Brasil", diz o artigo.

Eis os motivos pelos quais o FT acredita que a presidente Dilma pode sofrer um impeachment:

1 - Política

Um presidente brasileiro só sofre um impeachment se fizer algo flagrantemente errado, diz o FT. "Mas o   A maioria governista no Congresso foi cortada na eleição, o que deixou a base aliada fragmentada e mais difícil de controlar, afirma o artigo. "Alguns membros a consideram uma intrusa oportunista".                                2 - Petrobras

Após o rebaixamento de ratings da Petrobras pela agência Moody's, e diante das investigações de corrupção na estatal, a empresa seria, segundo o FT, o "pecado flagrante" no caso do Congresso se mobilizar por um impeachment: Dilma Rousseff foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando parte da suposta corrupção ocorreu.

3 - Confiança do consumidor

"Os consumidores estão extremamente saturados", diz o FT, citando levantamento da FGV que mostra queda no índice de confiança do consumidor para o menor nível desde 2005.

4 - Inflação

O FT lembra que a inflação no Brasil já foi de cerca de 3000% ao ano, 20 anos atrás. "Muitos são jovens demais para lembrar, mas outros não", diz o texto, complementando que "alguns temem que o governo abandone a meta de inflação", que está em 4,5% ao ano.

5 - Desemprego

A estimada perda de 26 mil empregos em janeiro, além da recente greve de caminhoneiros pelo país, mostram que "o desemprego é um grande desafio de popularidade para Dilma", segundo o texto do FT. 

6 - Confiança do investidor

De acordo com o artigo, o governo está sendo forçado a vender cada vez mais títulos de contratos de dívida de curta duração, diante da preocupação dos investidores com a capacidade do governo em cumprir suas metas orçamentárias.

7 -  Orçamento

O FT cita o primeiro déficit orçamentário primário em mais de uma década em 2014, "efetivamente levando o país de volta aos dias sombrios antes de começar a implementar pelo menos uma aparência de disciplina fiscal".

8 - Economia

Os investidores esperavam que a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda iria mudar as coisas, diz o FT. "Mas a tarefa parece cada vez mais difícil". "Levy tem aparecido como uma figura solitária", afirma o texto.

9 - Água

A seca na região Sudeste também é apontada pelo FT como um motivo para o impeachment de Dilma: "a sensação de aproximação do apocalipse no Brasil é sublinhada por uma escassez de água que atinge a cidade de São Paulo", diz o texto.

10 - Eletricidade

O FT cita a derrota do PSDB para o PT em 2002, dizendo que, "na última vez em que um governo foi derrubado (embora nas urnas, e não por impeachment), a principal causa foi o racionamento de energia elétrica". Esse poderia ser mais um motivo para a saída de Dilma Rousseff da presidência.

Jonas Carvalho, de Exame.com

São Paulo - O jornal Financial Times (FT), o mais influente no mundo da economia e dos negócios, listou nesta quarta-feira 10 motivos para acreditar que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff não irá durar muito tempo.  

O texto lembra que, durante anos, opositores têm acusado o governo de incompetência nas áreas econômica e política. "Muita coisa errada está acontecendo no Brasil", diz o artigo.

Eis os motivos pelos quais o FT acredita que a presidente Dilma pode sofrer um impeachment:

1 - Política

Um presidente brasileiro só sofre um impeachment se fizer algo flagrantemente errado, diz o FT. "Mas o que conta é a perda de apoio no Congresso". A maioria governista no Congresso foi cortada na eleição, o que deixou a base aliada fragmentada e mais difícil de controlar, afirma o artigo. "Alguns membros a consideram uma intrusa oportunista".

No comments:

Post a Comment