Um decreto de 1941 diz que promover e praticar jogos de azar no Brasil é uma contravenção penal*. É menos grave do que um crime, mas ainda é um delito. Em 2015, uma nova redação do decreto previu multa de até R$ 200 mil para quem se envolver em apostas pela internet. Na letra fria da lei, apostar sobre o resultado de eventos esportivos é proibido no Brasil - salvo nas loterias da Caixa e nas corridas de cavalos.No mundo real, a história é diferente. Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas, existem cerca de 500 sites espalhados pelo mundo oferecendo apostas em dinheiro. Destes, cerca de 10% tem versão em português, especialmente para o público brasileiro. Como os servidores da maioria deles estão em território internacional, sob leis de países como Malta, Gibraltar e Costa Rica, todos com uma política fiscal mais generosa e onde o jogo é legalizado, brasileiros podem apostar à vontade. Na teoria, apesar de partirem de computadores no Brasil, essas apostas não são feitas em território nacional. Essa área cinzenta do ponto de vista legal movimenta, no Brasil, cerca de R$ 4 bilhões anualmente em apostas (em dados de observadores do mercado). Por um lado, esses sites contemplam quem quer se divertir enquanto acompanha uma partida. Por outro, são alvo de uma rede que tenta ganhar dinheiro fácil manipulando resultados de jogos reais. A seguir, como funciona esse mecanismo criminoso que coloca em cheque a credibilidade do futebol.Jogos de azar são aqueles em que o jogador depende da sorte para ganhar, como loterias. No Brasil, as únicas loterias legais são as promovidas pela Caixa Econômica Federal. A lei permite ainda outros tipos de aposta, como corridas e cavalo em hipódromos legalizados. Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 a R$ 200.000,00, quem é encontrado a participar do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer outro meio de comunicação, como ponteiro ou apostador. (Art. 50 da Lei das Contravenções Penais. Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)
Clubes que atrasam salários são preferidos de manipuladores.
Horas antes de entrar em campo contra o Londrina, os jogadores do Rio Branco decidiram não viajar para o local do confronto, válido pela divisão principal do Campeonato Paranaense. A razão? Com uma folha de pagamento de cerca de R$ 80 mil, o clube tinha salários atrasados por dois meses. A partida acabou acontecendo e o Rio Branco perdeu por 4 a 1. Mais tarde, o lateral Thiaguinho admitiu que havia sido abordado por um apostador que ofereceu R$ 5 mil para atletas que topassem entregar o jogo. A partida está sob suspeita de manipulação. Clubes menores que convivem com problemas financeiros são o alvo preferencial da máfia de apostas. “Falta de pagamento, de comida, afastamento de jogador. Os dirigentes largam na mão de um suposto investidor, e acontecem todas e
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